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Estudo Bíblico: Mateus 7:15-20 – Cuidado com os Falsos Profetas

O Sermão do Monte, registrado em Mateus capítulos 5 a 7, contém os ensinamentos mais profundos de Jesus sobre a vida cristã. Nesse contexto, em Mateus 7:15-20, Ele aborda o perigo dos falsos profetas, alertando seus discípulos a discernir entre aqueles que verdadeiramente seguem a vontade de Deus e os que enganam. Essa passagem é de extrema relevância para os cristãos de todas as épocas, pois enfatiza a importância de uma vida ancorada na verdade e na observação cuidadosa dos frutos espirituais.

Jesus nos chama a desenvolver discernimento espiritual, não apenas para proteger nossa fé, mas também para viver uma vida que glorifique a Deus. Este estudo bíblico detalhado examinará versículo por versículo, oferecendo explicações claras e aplicando os ensinamentos ao contexto atual.

Explicação de Mateus 7:15-20

Mateus 7:15
“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.”

Jesus inicia com um alerta claro: devemos nos proteger contra os falsos profetas. Eles parecem inofensivos, disfarçados de “ovelhas”, mas, em essência, são perigosos como lobos. Esse disfarce aponta para sua capacidade de enganar e parecer espiritualmente autênticos, como os fariseus e escribas que frequentemente distorciam a Palavra de Deus (Mateus 23:27-28). Para identificá-los, precisamos estar enraizados na verdade bíblica, pois somente o conhecimento da Palavra nos torna capazes de discernir entre o verdadeiro e o falso (Hebreus 4:12).

Mateus 7:16
“Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?”

Aqui, Jesus apresenta o critério para julgar os falsos profetas: seus frutos. Assim como uma árvore é conhecida pelos seus frutos, o caráter e as ações de uma pessoa revelam sua verdadeira natureza. Não é possível colher algo bom de uma árvore ruim (Lucas 6:43-44). Esses frutos incluem comportamentos, ensinamentos e impacto espiritual. Um falso profeta pode falar bem, mas sua vida e suas ações desmentem suas palavras.

Mateus 7:17-18
“Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons.”

Jesus reforça que há uma relação direta entre a natureza da árvore e os frutos que ela produz. A “árvore boa” representa aqueles que estão enraizados em Cristo, que produzem frutos dignos de arrependimento e santidade (João 15:5). Já a “árvore má” simboliza os falsos profetas e aqueles que vivem segundo a carne, cujas obras são contrárias ao Espírito (Gálatas 5:19-23). A mensagem aqui é que a verdadeira transformação espiritual é visível.

Mateus 7:19
“Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.”

Esse versículo destaca a seriedade do juízo divino. Assim como árvores improdutivas são cortadas, aqueles que não produzem frutos bons serão condenados. Essa imagem remete ao julgamento final (Mateus 3:10), quando Jesus separará os verdadeiros discípulos dos falsos. É um lembrete solene de que nossas vidas devem refletir a obra de Deus em nós.

Mateus 7:20
“Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.”

Jesus conclui reafirmando o princípio do discernimento: os frutos revelam a autenticidade da fé. As palavras e ações de uma pessoa devem estar alinhadas à verdade bíblica. Além disso, essa repetição enfatiza a importância de sermos vigilantes e examinarmos todas as coisas à luz das Escrituras (1 Tessalonicenses 5:21-22).

Conclusão

A advertência de Jesus sobre os falsos profetas em Mateus 7:15-20 continua extremamente relevante para os dias atuais. Vivemos em tempos em que muitos falsos mestres usam o nome de Cristo para enganar e lucrar. Por isso, precisamos estar fundamentados na Palavra de Deus para discernir entre o verdadeiro e o falso.

Os frutos espirituais, como o amor, a paz, a paciência e a bondade (Gálatas 5:22-23), são evidências de uma vida transformada por Cristo. Se queremos evitar o engano, é essencial que cultivemos esses frutos em nossas próprias vidas e que avaliemos aqueles que afirmam ser líderes espirituais.

Além disso, devemos lembrar que o juízo de Deus é inevitável. Ele não apenas julgará os falsos profetas, mas também avaliará nossos próprios frutos. Isso nos desafia a permanecer conectados a Cristo, que é a videira verdadeira, para que possamos produzir frutos que glorifiquem o Pai.

Por fim, que essa passagem nos inspire a viver com discernimento, humildade e compromisso com a verdade, refletindo a glória de Deus em tudo o que fazemos. Assim, estaremos preparados para identificar os lobos em pele de ovelha e ajudar outros a fazer o mesmo.

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